Hora da entrevista!!!
Nara Lyra....professora de Inglês
Bem, eu sempre fui fascinada pelo mundo das letras: escrever, ler, falar, conversar, interpretar... Então, resolvi fazer faculdade para Letras com habilitação em Língua Inglesa, por ser uma língua estrangeira moderna, e por acreditar que conhecendo o básico da língua mais importante de todas, fica mais fácil entrar no mercado de trabalho e conquistar o mundo. Você só saberá o real valor de aprender outro idioma quando ele se fizer necessário. Percebi isso quando estive em Londres. A comunicação hoje é rápida e as relações interpessoais cada vez mais fáceis. O outro lado do mundo é bem ali.
2- Como foi a sua vida de estudante? E a partir dela como você consegue trazer um bom aprendizado para os seus alunos?
Sempre estudei em escola pública, e tive a sorte de ter pais bem presentes na minha vida estudantil. Minha mãe me ensinou a ler e escrever em casa, e do meu pai herdei o gosto pela leitura e pela escrita, sempre correta, bem acentuada e precisamente pontuada. (Rsrsrs) Lembro que ele me presenteava com revistas em quadrinho e livro infanto juvenis. Sou de uma época em que o papel do professor era apenas repassar os conteúdos para os estudantes, e só. Então, muito pouco da minha vida de aluna eu integro a minha vida de educadora, uma vez que hoje nós, professores, precisamos ser amigos, companheiros, psicólogos, conselheiros, médicos, sexólogos, estilistas, e ainda transmitir os conhecimentos específicos da nossa disciplina e um pouco das outras. Ufaaa!!!
3- Qual o lado positivo e o lado negativo de ensinar uma língua estrangeira no ensino público do Brasil? O lado positivo é que temos em mãos o argumento de que o Inglês é uma língua que contamina quase 1,5 bilhões de pessoas no planeta. De que se trata de uma língua sem fronteiras, pois está na metade dos jornais do mundo, em mais de 80% dos trabalhos científicos, e é irrelevante em inúmeras profissões, como informática, economia e publicidade. O lado negativo é que ensinar outro idioma numa sala de aula super lotada, com alunos que ainda não dominam sequer a sua língua materna, sem laboratório de línguas, onde se possa explorar Listening/Speaking (ouvir/falar), com carga horária reduzida que não proporciona o desenvolvimento das 4 habilidades (Ler/Escrever/Ouvir/Falar), nos faz crer que é quase impossível e inviável se aprender inglês nas escolas públicas brasileiras.
4 - Sabemos que você é bem amiga de seus alunos. Então qual o segredo para essa amizade? Não é tão simples assim, mas é bem simples sim. (Rsrsrs) É preciso anular a distância imposta na relação professor – aluno, sem que isso nos tire a autoridade de sala de aula, porque senão vira bagunça. O fato é que eu procuro sempre lembrar de que eu já tive a idade de vocês, e o comportamento do jovem muda constantemente. Acho que falar a linguagem do aluno é o segredo. A gente tem que persuadi-los a ficar em sala, cumprir as atividades, respeitar o ambiente escolar, fazer com que vocês percebam que estudar é necessário, tudo com muito “jeitinho”. Eu tento fazer da aula um momento agradável, e não um quartel militar. Rola um estresse e broncas, vez ou outra, vocês bem sabem, mas também conto piadas e algumas historinhas interessantes. Isso faz parte das relações humanas saudáveis, e acredito que se a amizade pressupõe igualdade, não há espaço aqui para se estabelecer relações de poder. Cada dia eu percebo que, apesar de cada um ter o seu papel, vivemos num processo de ensino-aprendizagem mútuo.
5- Se você não fosse professora, qual profissão teria escolhido e por quê? Ahhhh.... Eu penso que seria uma delegada arretada. (Rsrsrs) Pensei ainda em prestar vestibular pra Direito, mas acabei entrando numa sala de aula quando estava no 2º ano da faculdade e não quis mais sair. Eu curto muito ser professora. Tenho orgulho da minha profissão e adoro trabalhar com gente. É com vocês que eu me sinto bem. Eu não tenho ex-alunos, mas sim eternos alunos.
Dica para o ENEM....
A prova de Inglês do ENEM tem um padrão bem suave. (Eu acho rsrs) Há uma constante presença de humor e recursos gráficos, o que estimula e facilita a interpretação de textos e entendimento da proposta. Algumas dicas: identifique o tipo de texto (charge, notícia, propaganda, poesia, música...); foque na ideia geral, ou seja, não tentar traduzir palavra por palavra, não é possível e nem há tanto tempo pra isso; preste atenção aos sinais (negrito, parênteses, aspas) e falsos cognatos. E never leia as respostas antes, isso pode acabar confundindo as ideias e atrapalhando sua interpretação.
“Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio, porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio”.
* Ariele França, Déborah Thalia, Érika Isabel, Fabíola Morais e Isabelle Dayane. *
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Adoooorei! ;D
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